Fotos SinCity II

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

O Passeio.

Se ironia ou sorte não tenho como saber agora, o futuro dirá. Sei que a bicicleta reanimou-me, o símbolo nela, mesmo que rasgado, poderia ser a chave de um novo futuro. Sim, lá vou eu rumo a SinCity, espero que haja símbolos pelo caminho, mostrando como e onde devo andar, para onde me encaminhar, a direção de aonde ir.
Tão empolgado fiquei, que quase não vi, meio que escondida atrás de umas folhas ao chão, uma mochila velha e rasgada, resolvi inspeciona - lá, realmente a sorte sorrirá para mim, na mochila, havia alimento, comida desidratada, macarrão instantâneo, leite em pó, e a preciosa água. Quem em sã consciência deixaria tal tesouro para trás? Será que eu estaria prejudicando alguém se tomá-se a para mim a bicicleta e a mochila? Havia uma casinha simples ali, parecia segura, resolvi pousar nela, estava terminando a tarde, logo seria noite, aproveitaria e aguardaria se algum ser vivo viesse e recolhesse os preciosos pertences, se isso não ocorre-se eles se tornariam meus. Voltei para minhas batatas apodrecidas, seu sabor era terrível, o cheiro nauseabundo, mas era alimento, enquanto saboreava minha batata, pensava no macarrão instantâneo, quentinho, saboroso, quase desisti do meu alimento, mas tinha que dar uma chance ao antigo proprietário dos tesouros. A noite veio, entre um cochilo e outro, conseguia ver os pertences, ninguém aparecia, o tempo passava, e o dia raiou, verifiquei e tudo ainda estava lá, tomei posse. Agora com uma bicicleta, com alimento, tudo seria mais rápido, veloz, subi na bicicleta, seu misterioso símbolo ali estava, comecei a pedalar, e a casinha foi ficando para trás, temia ouvir alguém gritando, - DEVOLVA MINHA BICICLETA. Mas nada disso aconteceu, Ganhei a estrada, que longe das cidades estava quase livre, a não ser por poucos carros que tinham parado por falta de combustível, e sido largados ali, continuei rumo ao sul, pedalando e pedalando, o sol já quente abria seu sorriso, era um dia quase normal, um passeio ao campo, quem sabe um piquenique, Pedalando sentia o vento em meu rosto, como era bom se sentir vivo, feliz. Mas, sempre há um, mas, deixei de prestar atenção, distraí-me, estava chegando a uma cidade, e olhos famintos começaram a me observar, mas não me dei conta, só observava o túnel que passaria, adentrei no túnel, escuro, lúgubre, pedalava velozmente, mas não o suficiente, de algum lugar que não sei onde, aquilo saiu, segurou a bicicleta, e eu cai. O cheiro de podridão eu senti, havia vários deles ali, não sei quantos, mas pelo odor havia muitos. Quis correr, mas fui imobilizado, senti as mãos me apalparem, senti a morte me cheirando, o medo me tomou, e uma pancada me abateu. 

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