Fotos SinCity II

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terça-feira, 10 de maio de 2011

A Libertação.

Um banho quente, e comida. Mas eu queria contato humano, não me sentia doente, aliás creio que o exercício que estava fazendo diariamente, pedalando por quilômetros a fio, me fizera muito mais saudável do que já fora um dia. Achava correta a preocupação, creio que faria o mesmo, mas a decepção e solidão estavam falando bem mais alto do que a razão. Dormi mal, decepcionado. Acordei de mal humor, mas não havia com que brigar,   senti raiva de mim mesmo, porque eu não desistia de tudo, o que mais poderia acontecer, a morte? Seria a morte pior do que a solidão? Naquele dia subi na bicicleta, não antes de pegar alguma provisão, muito desanimado, pedalei muito devagar, sem o vigor habitual. Passei por pequenos agrupamentos de casas, pequenas vilas, bairros maiores, e enfim uma grande cidade, seria muito bom sair dela antes do anoitecer, conseguia ver meus algozes entra as sombras a me espiar, mas o tempo passa, e o pôr do sol estava chegando, resolvi achar um abrigo, alguma proteção, lá estava uma casinha, até que bem conservada, tinha portas e janelas, que com algum esforço eu poderia trancar. Resolvi pernoitar ali.Não sei se já fez isso, pedalar o dia inteiro, isso cansa, de tão cansado adormeci rapidamente. Por horas ou minutos não sei, mas acordei de sobressalto, A casa toda tremia, pensei em terremoto, mas o som era terrível, o cheiro asfixiante, cheiro de morte, som de pavor, A casa tremia, pois os verdugos estavam esmurrando as paredes,os poucos vidros que restavam, quebravam, A porta que estava escorada, rangia a cada golpe, as paredes estavam prestes a ruir, lembrei o que tinha dito de manhã, será que a morte era melhor do que a solidão?, Agora tinha a resposta, preferia a solidão, preferia estar só do que a morte. Mas não havia saída, o sol tardaria a chegar, e quando chegasse já seria tarde demais. Lágrimas vieram a face, não era medo, mas tinha me esforçado tanto, tinha corrido tantos riscos, tinha superado os obstáculos, para agora morrer nas miseráveis mãos destes malditos algozes, queria lutar com tudo que podia, mas como lutar com uma bicicleta velha e uma mochila rasgada, sair correndo e jogar uma lata de ervilha neles, adiantaria o que? Pensei em abrir a porta e correr, mas eram muitos. Não, desta vez chegou o fim, tudo terminado. Foi quando uma imensa luz brilhou, tão forte, tão intensa, que me cegou por alguns segundos, um barulho ensurdecedor, uma sirene altíssima, por detrás disso barulho de tiros. Curiosamente me esqueirei até uma fresta da janela, lá estavam eles, homens como eu, ou melhor, melhores do que eu, fardados, rifles nas mãos, um refletor fortíssimo e o som de sirene eram de um caminhão do Exercito de SinCity, ao se depararem com as luzes e o som, os verdugos fugiram, os que resistiram, foram abatidos a tiros. Enfim, a libertação chegou.

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